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PIB deve aumentar em US$ 430 bilhões a partir da economia verde, diz pesquisa

Pesquisa do Instituto AYA revela oportunidades bilionárias para biocombustíveis, minerais críticos e medicamentos da biodiversidade

De US$ 230 bilhões a US$ 430 bilhões: esse é o crescimento esperado no Produto Interno Bruto do Brasil a partir da transição para uma economia de baixo carbono até o final desta década.

É o que aponta o relatório "Pontos de virada tecnológica para a transformação ecológica", desenvolvido pelo Instituto AYA, em parceria com a Systemiq e com apoio do Pacto Global - Rede Brasil, Instituto Igarapé e UK Pact, que chega à sua segunda edição trazendo com novas análises.

Os resultados são promissores: o Brasil, com seus recursos, está em posição privilegiada para liderar uma revolução verde que beneficia simultaneamente o meio ambiente e a economia. Veja os setores que devem ser beneficiados a partir da liderança brasileira na economia verde.

Biocombustível sustentável de aviação (Bio-SAF):

A transição energética global abriu oportunidades para o Brasil se tornar protagonista na produção de Bio-SAF. As projeções indicam impacto econômico de US$ 17 bilhões a 36 bilhões até 2035. A união de biodiversidade, tecnologia agrícola e áreas degradadas recuperáveis dá ao Brasil vantagem competitiva. A cadeia produtiva pode gerar de 500 a 900 mil empregos, beneficiando especialmente regiões do interior. Além disso, o Brasil tem como expandir essa produção sem prejudicar a segurança alimentar ou aumentar o desmatamento.

Minerais críticos, baterias e veículos elétricos:

O Brasil possui recursos essenciais para a próxima revolução industrial. O estudo mostra que a cadeia de minerais críticos, baterias e veículos elétricos pode adicionar entre US$ 21 bilhões a 27 bilhões ao PIB até o final da década. Enquanto países industrializados buscam alternativas energéticas seguras, o Brasil tem reservas de lítio, níquel e cobalto, além de energia predominantemente renovável – fator crucial para a produção "verde" de componentes para mobilidade elétrica.

Biosaúde e superalimentos:

A biodiversidade brasileira, antes subestimada economicamente, agora representa uma vantagem estratégica. O estudo mostra que extrativismo sustentável, superalimentos e biosaúde podem gerar US$ 40 bilhões a 75 bilhões ao PIB até 2030.

Espécies da Amazônia, Cerrado e Caatinga com propriedades nutricionais e farmacológicas especiais já estão nos mercados globais premium, enquanto laboratórios pesquisam compostos bioativos exclusivos do Brasil.

Apenas na biosaúde, que inclui desde nutracêuticos até tratamentos inovadores, projeta-se adição de US$ 9 bilhões a 18 bilhões à economia, erando cerca de 7.000 empregos especializados, mostrando que conhecimento tradicional e ciência avançada podem se complementar num modelo próprio de desenvolvimento.

Circularidade de plásticos e têxteis:

O futuro da economia será circular. A análise projeta para este setor potencial de US$ 10 bilhões a 20 bilhões ao PIB brasileiro até 2030. Só na circularidade de plásticos, investimentos estratégicos podem adicionar de US$ 3 bilhões a 6 bilhões ao PIB, gerando aproximadamente 64.000 empregos e reduzindo emissões setoriais em 7% – provando que crescimento econômico e preservação ambiental podem caminhar juntos.

Infraestrutura e adaptação costeira:

Transformar vulnerabilidade em vantagem competitiva resume as oportunidades no setor de infraestrutura e adaptação climática, com projeção de impacto entre US$ 12 bilhões a 25 bilhões ao PIB até 2030.

Com mais de 8.500 km de costa exposta à elevação do mar e eventos extremos, o Brasil precisa proteger cidades, portos e ecossistemas costeiros. Essa necessidade abre espaço para desenvolver soluções inovadoras em engenharia, materiais e planejamento urbano que podem ser exportadas para outros países costeiros.

Mecanismos de redução de riscos e mercado de carbono:

O que era visto como custo ambiental hoje é oportunidade econômica. O mercado de carbono surge como ferramenta essencial para viabilizar a transição econômica verde no Brasil.

O país, com a maior floresta tropical do mundo e matriz energética majoritariamente renovável, tem vantagens para capitalizar este mercado global. A aprovação do Projeto de Lei do Mercado de Carbono foi um passo importante para estruturar domesticamente um sistema que já movimenta bilhões internacionalmente.

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